quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Para calar as bocas e aumentar o som pros ouvidos

“A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia” e Maiara, uma grande amiga dos meninos

Não tão distante de Umuarama, a banda maringaense “A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia”, assinou no final do ano passado um contrato com a “Volume 1 Records”, um selo musical de renome, de São Paulo, que produz bandas que ainda estão no meio “underground”, se assim podemos denominar. A “Família Palim” tem cinco integrantes e todos eles carregam consigo codinomes, ou melhor, personagens, para se apresentarem: Hastür Palim, Hashid Palim, Hassanz Palim, Hastan Palim e Hassen Palim. Quando estão no palco, juram de pés juntos que são irmãos e fugitivos de Stambul. A banda surgiu no Brasil, como eles costumam brincar, em meados de 2003, levando para Maringá um modo divertido de fazer música. Os meninos já têm um primeiro disco, que leva o mesmo nome da banda.

Nesse sábado, às 23h, a banda se apresenta n’A Base, um novo bar de Maringá que fica na avenida Cerro Azul, 323. Lá, além de compartilharem o palco com os garotos do "Charme Chulo" (de Curitiba) e do "Zeferina Bomba" (de João Pessoa), os ‘turcos’ também lançam seu segundo CD intitulado “¿POR QUE NO TE CALLAS?”. Ah, e reza a lenda que haverá uma participação especial de Nevilton em uma música dos caras...
Bom, nós que não somos bobos e não deixamos nada para trás, conversamos com Fernando Pereira, ou melhor, Hastür Palim (como preferirem), que respondeu questões sobre como foi gravar o segundo disco, agora por meio de um selo musical.

Como surgiu a oportunidade de gravar um CD por meio de um selo? Partiu do interesse de alguém da banda ou foi uma espécie de “olheiro” que viu o show de vocês, curtiu e fez a proposta?

Na verdade trabalhamos o primeiro disco (Independente) por cerca de um ano, trabalhamos na base do intercambio de bandas, e foi num desses intercâmbios que conhecemos a piazada do Charme Chulo, que na época estavam entrando para o Volume 1. Para eles deu certo, e então nos indicaram e entramos!

Quais foram as principais diferenças na gravação e produção entre o primeiro e esse segundo disco?

A Principal diferença na gravação foi a entrada do baterista nosso irmão perdido, que deu um gás daqueles pra banda e trabalhou firmemente em cima das músicas! Além do que uma banda que grava um segundo disco já tem uma certa experiência de estúdio, o que facilita muito nas timbragens dos instrumentos e outras coisas. A banda também amadureceu musicalmente, não que tenhamos nos tornados músicos por excelência, mas já houve uma evolução!

Quanto tempo vocês demoraram para produzir?

Lançamos o primeiro disco em 2006, já no meio deste mesmo ano tínhamos músicas novas para um segundo disco. Uma banda igual a nossa não para, são cinco doentes “compondo” sem parar. Pensando assim foram uns dois anos da idéia concebida até a sua execução!

Já que é um CD que vai ser lançado por um selo, vocês vão ter alguma música de trabalho para divulgar a banda?

Mesmo sendo lançado por um selo, creio que a parte de “divulgação” fica por nossa conta, pois o selo é também um meio independente, então acho que falar música de trabalho é um tanto quanto exagero, é lógico que existem aquelas que ficam mais na cabeça, por exemplo: “Padre Quevedo não vai pro Céu” e “Acho que ela gostaria...”.

No primeiro disco, a distribuição era feita por vocês mesmos, em shows. E agora? Como vai funcionar a distribuição?

Continuaremos fazendo esse trabalho de “guerrilha”. Os discos serão vendidos na nossa mão mesmo, nos shows, no site www.familiapalim.com.br ou pelo orkut e myspace. Ah, ele custará creio que R$ 10.

Além da produção do disco, quais as outras vantagens de uma banda assinar com um selo musical?

Acho que uma das vantagens, principalmente, para uma banda de uma cidade pequena do interior do Paraná, onde as leis públicas de incentivo a cultura não existem, é o contato com os grandes centros, no nosso caso específico com São Paulo! Lançando um CD por um selo paulista, é lógico que as possibilidades da banda fazer shows em São Paulo aumentam demais!

*Fotos por Jorge Mariano


E o que é um selo musical, afinal?

Os selos não são gravadoras propriamente ditas, pois não possuem estrutura completa de contratação, gravação, divulgação e comercialização de artistas no mercado, e geralmente recorrem a outras gravadoras para realizar esse trabalho. Normalmente possuem uma pequena equipe de trabalho, pequeno cast de artistas e dependem de outras empresas fonográficas para gravar, divulgar, comercializar e distribuir.


2 comentários:

De trevo À trevo disse...

porra, o som dos caras eh bom pra cacete! nos últimos dois anos curti umas noites ao som dos Palim lá em maringá mesmo. A Burca...
Boa ter falado dos caras.

abraço culturanja!

Nevilton disse...

muito bom! muito bom! e o show sábado foi fantástico!!! uma pena esse blogger estar de sacanagem com as cores dos links!