"À espera das nuvens carregadas!". Foi assim que muitas pessoas saíram de suas casas no último sábado, para ver ao vivo uma banda de São Paulo que foi a Maringá se apresentar numa noite que provavelmente iria chover. Na fila que assolava a porta do "Tribo's Bar", um misto de emoção e uma ansiedade tremenda do público que já esperava há mais de um ano o retorno dos quatros meninos aos palcos paranaenses.
Foi depois do show da "Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia" e antes da banda gaúcha "Apanhador Só" (que logo, logo o leitor verá por aqui), lá pela uma hora da madrugada, que em meio a cornetas, trombetas, megafones, flautas, guitarras, contrabaixos, bateria e palmas, mas muitas palmas, que a tal "Bazar Pamplona" começou a tocar. Exato, caro leitor, o nome da banda é "Bazar Pamplona"!
Show do Bazar Pamplona, no último dia 9, em Maringá, causou ansiedade no público que esperava há mais de um ano ver a banda ao vivo (foto por Jorge "Maravilha" Mariano, que está de aniversário hoje)
E por quê esse nome? Bem, isso o vocalista e guitarrista, Estêvão (sim, com dois acentos no nome) explica: "Então, ninguém sabe ao certo de onde vem 'Bazar Pamplona'. Existem várias versões. A que eu sei é que estávamos atrás de um nome, e uma amiga nossa queria de qualquer jeito ser homenageada. Ela sugeriu 'A Banda da Paloma'. Além de ridículo, achamos que ela não merecia homenagem alguma. Mas aí partimos da sugestão dela e fomos fazendo modificações no nome até chegar em 'Bazar Pamplona', que é o oficial da banda hoje. Mas pode mudar a qualquer momento", brinca.
Juntamente com João Victor (guitarra), Rodrigo Caldas (bateria) e Rafael Capanema (baixo), Estêvão e sua trupe, leva ao público apresentações performáticas, com direito a brinquedos de plástico, cartazes com letra de música (para a galera desavisada saber cantar) e bolinhas de papel para arremessar no baterista no final do show.
A banda existe desde 2005, quando quatro moradores de uma república de estudantes se reuniram 'para fazer um som'. Algumas influências são bem explícitas nas composições, como "Beatles" e o movimento da "Tropicália". Saiba que o "Bazar Pamplona", é essencialmente independente. Isso porque, muitas vezes, quando escrevem uma letra, imediatamente a gravam de uma maneira, digamos bem artesanal: no microfone do computador. Agora a banda acaba de lançar "À Espera das Nuvens Carregadas", seu primeiro álbum, produzido por João Erbetta (do grupo "Los Pirata") e lançado pela Monga Records, selo de Paco Garcia (também do grupo "Los Pirata"). O álbum é composto por um punhado de músicas que a banda já tocava em shows e disponibilizava em sites (e que já estavam na boca da moçada) além de algumas músicas inéditas. O CD, que custa em torno de R$ 20, já está à venda em alguns sites como o da Livraria Saraiva e o da Livraria Cultura. Mas para o leitor, ouvinte de primeira viagem dos bazares, vale dar uma olhada no site da banda para conferir o trabalho dos garotos. Uma boa dica, para quem nunca ouviu, é a música "Céu de Cinema Americano".
A galera desavisada conta com a ajuda de Estêvão, que mostra cartazes com a letra da música “Karen Cunha”, pra que todo mundo possa cantar junto
(mais uma do seo Jorge Mariano)
Quem abriu as apresentações no último sábado, foi A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia que encerrou seu show com a performance estupenda de Hassen Palim que se revelou um grande bailarino naquela noite! (desculpe Hassen, o mundo tem de saber desse seu dom)