quinta-feira, 30 de abril de 2009

Podcast Culturanja #000!!!


O Culturanja número ZERO está no ar! Este é o programa "bootleg", ainda sem trilha e que acabou não sendo transmitido na rádio. Os outros já estão com transmissões respectivamente agendadas para as Terças, as 22h, e Sábados, as 19h na Rádio Universitária Paranaense107,7 FM, dominando todos os "radinhos" em Umuarama e região!

No programa número zero trouxemos toda a ferrugem de Nevilton de Alencar (que não apresentava um programa de rádio desde 2002) e a timidez (ou falta de) de Tiago "Lobão" Inforzato, com informações bacanas e muuuuuita musica boa! Tem Blur, Echo and The Bunnymen, Ecos Falsos, Justice, Jackson Five, Hospital Doors, Jupiter Maçã, Robert Plant e Poléxia!


Espero que vocês gostem! :D



Envie sua sugestão ou crítica para: culturanja@gmail.com

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Como estampar sua camiseta!

Não sei se isso acontece com vocês... mas, vira e mexe eu fico com vontade de ter uma camiseta e não acho aquela estampa que queria. As vezes porque é de uma banda "estranha" ao repertório do pessoal da lojinha perto de casa, as vezes porque a estampa não tem pé nem cabeça, no fundo nem se sabe porque eu estava pensando nela, mas gostaria de tê-la daquele jeito. Comigo sempre acontece, e para não ficar reclamando das coisas, fui atrás de aprender a fazer estampas, e adaptar a algo próximo do desejado! :D

Se você procurar algo a respeito, verá que não é difícil! E no caso de achar difícil, nada impede de experimentar fazer de outra maneira, não é mesmo!?


Aqui descrevo como fiz uma blusinha do Velvet Underground.
Tudo bem simples, espero que gostem!

Materiais Utilizados:

- Uma Placa de Isopor
Para esticar a camiseta e não deixar vazar tinta para a parte de trás.


- Um adesivo do Velvet Underground
Tem gente que usa estêncil, moldes em chapas de radiografias, em capas de pasta ou outras superficies duras... Esta eu fiz com adesivo, pela praticidade de colar e evitar vazamento pelos lados das letras, para poder usar um tipo de fonte especifica na estampa e porque foi barato fazer o adesivo! (ser low cost, no caso aqui é importantíssima! hahahaha)

- Tinta Branca para tecido...
pintei algumas vezes, depois pintei de laranja também! hahahah


Passos:

Pelo menos para a estampa que eu fiz, era importante deixar a superficie o bastante lisa, então vesti a camiseta em um pedaço da placa de isopor, assim ela ficou relativamente esticada e com o lado de trás protegido de qualquer vazamento. Depois colei o adesivo onde desejava ter a estampa. Para achar o ponto ideal é legal vestir e olhar no espelho, ou pedir para alguem vestir para poder ver de longe. Depois é só ter carinho com a tinta e pintar algumas vezes até a estampa chegar a espessura que você quer... nessa camiseta, comecei pintando de branco algumas vezes, depois passei alaranjado. Foi mais fácil para pegar depois que ja tinha um fundo branco, e os vazamentos do branco deram um efeito do tipo borda.

Coloquei aqui as fotos dos passos... Ah é!!! Esqueci de tirar uma foto quando passei a tinta laranja! hahahaha... mas é quase igual a branca, né!? rsrsrs



Ai vai um video do Justice que pode te trazer muitas ideias de como pirar na sua estampa!!!



Você pode ler mais a respeito no site da Melissa Flicton, ou nessa comunidade d'Orkut... ou ainda, se estiver bem animado(a), encare estas técnicas aqui. Só não esqueça de nos enviar uma foto da sua camiseta!!! :D

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Monteiro Lobato Encontra o Sacy-Pererê.


A preocupação com a preservação da cultura e folclore nacionais não é nova. Em 1917, o grande Monteiro Lobato, criador do Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicou uma pesquisa no Estadinho (apelido carinhoso da edição vespertina d’O Estado de São Paulo) e pediu para seus leitores lhe enviarem relatos de experiências com o Saci-Pererê. Para tanto era só enviar uma carta com o seguinte questionário respondido: Como o leitor havia descoberto o mito? Como é a crença nele nos dias atuais? E quais experiências passadas pessoalmente ou ouvidas o leitor poderia contar?

O resultado desta enquête foi o livro Saci-Pererê, O Resultado de um Inquérito, publicado no ano seguinte (1918), com quase 300 páginas cheias de histórias do endiabrado 'muleque perereca'. Alguns o descrevem como um demoniozinho feioso, alguns como um moleque sacana e perneta. Com gorro, com ou sem rabo, não importa, o que vale mesmo são as deliciosas histórias do tinhosinho sendo trazidas do esquecimento para a realidade.

A Primeira Guerra Mundial estava em seu ápice em 1918, e Lobato usa essa obra para questionar o conceito de civilização nos moldes franceses que as elites brasileiras insistiam em reproduzir. Ele demonstrava a necessidade de se aprofundar os estudos sobre as lendas, crendices e costumes brasileiros, para que pudéssemos conhecer mais sobre nossa cultura.

A tiragem inicial do livro foi de dois mil exemplares, bancados pelo próprio Lobato que assina o livro sob o pseudônimo de Um Demonólogo Amador. Para ajudar nas despesas o escritor colocou anúncios especialmente desenhados com o tema Saci-Pererê pelo cartunista João Paulo Lemmo Lemmi, também chamado de Voltolino.

Capa da edição original de 1918, a mesma da edição fac-similar de 1998. Em ambas o grande atrativo é a 'graphia' no português da época.

De conteúdo simples de se ler, com um tema apaixonante e uma linguagem que varia conforme o grau de instrução de quem escreve cada história, o livro é um prato cheio para quem procura bons momentos de conhecimento e prazer. Inclusive existem lindíssimas passagens escritas com a linguagem do matuto iletrado do interior, que são nada menos do que tesouros da nossa língua. Ainda mais se, assim como eu, você também ouvia essas histórias quando pequeno.

Inclusive esta obra não constava na bibliografia oficial de Monteiro Lobato, que ironizou o fato de sua estréia literária ocorrer por meio de uma obra não-assinada, pois ele só organizou material de terceiros. Até que em 1998, a Fundação Banco do Brasil e a Odebrecht publicaram uma edição fac-similar, ou seja, idêntica à original, de cinco mil exemplares para serem distribuídas à bibliotecas. Infelizmente esta edição está fora do comércio. Mas não fiquem tristes, pois a Editora Globo, no início de 2008, publicou uma edição revisada e atualizada desta jóia do folclore nacional.


Capa da edicão de 2008, pela Editora Globo.


Independende de qual versão você conseguir, não perca a chance e agarre o seu. É imperdível.

Saiba mais sobre Monteiro Lobato e sua obra!

Veja um fragmento curioso do livro no Lobservando.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Dica do que ouvir quando não se tem idéia do que postar nos blogs da vida...

Chore, ria, sinta... Bela dica pra quem procura uma inspiração

Depois de muito tempo sem passar por aqui, resolvi dar uma desenferrujada na cabeça e novamente interagir nesse espaço que defino como "uma reunião cibernética de idéias entre amigos". Para isso, sentei na frente do computador e fiquei esperando algo vir à cabeça, mas nada vinha. Pensei em política, religião, sexo, cinema... Então resolvi ligar um som pra ver se algo espetacular me aparecia. Deixei a música rolando e quem escolhia o que eu ia ouvir era meu Winamp.

De repente, comecei a escutar uma música que há tempos não ouvia. Mal começou a introdução, já abri um sorrisinho no rosto e comecei a cantarolar alegremente num dia em que para mim nada parecia ter mais jeito. Isso já aconteceu com vocês? Ouvir uma música e por alguma razão ficar surpreendentemente feliz? Lembrar de coisas, pessoas, situações e até de cheiros? Pois é, aí não teve jeito, decidi escrever sobre o CD dessa banda que, na minha humilde opinião, é um achado na boa e velha Maringá: “A Inimitável Fábrica de Jipes”.

A Inimitável Fábrica de Jipes

Como uma verdadeira fábrica de construir letras, criar sons e misturar elementos, a banda faz com que suas músicas cheguem embaladinhas às nossas casas e o melhor, sem defeito de fabricação.

Foi em 2002 que tudo começou (e me lembro como se fosse ontem, quando saía da minha casa, andava mais de 3 km a pé, só para ver constantemente a “Inimitável” tocar no antigo “Asterisco”). Em 2005, em meio a shows com bandas renomadas e participação em conceituados festivais de música, como o Femucic, a banda lançou seu primeiro CD: “O Dia em Que Seremos Todos Felizes!”. Depois dele, várias portas se abriram e a possibilidade de tocar no exterior apareceu, um marco para a banda maringaense.

Primeiro disco da banda, lançado em 2006

Mas como toda grande fábrica tem seus altos e baixos, a banda que também passou por trovões e tempestades, agora vê novamente o sol com o CD “Canções despedaçadas para juntar os cacos” (algo que aguardei ansiosamente por um tempão e que foi lançado no final do ano passado). O álbum emociona do começo ao fim. São 11 faixas a começar por uma declaração arrepiante de Carlos Pacheco e cai como um soco no estômago dos corações apaixonados; um poema feito na hora sem ensaios ou cortes. Além disso, com exceção da faixa 6, “Walking on the City” (do escritor e dramaturgo Mario Bortolotto, aclamado pelo filme “Nossa Vida Não Cabe Num Opala”), todas as letras do disco foram adaptadas do livro “Poesiacusticodinâmica”, de Rafael Souza, vocalista e guitarrista da banda.

Aliás, outro fato que chama atenção é que o CD inteiro foi gravado apenas por duas pessoas: pelo Rafael (que além das guitarras e da voz, também gravou os baixos) e por Igor Grande, baterista da Inimitável. Hoje, além dos dois músicos, a “Inimitável Fábrica de Jipes” conta com Ricardo Herrera (baixo) e Fernando Durán (guitarra e vocais).

Pouco tempo antes do lançamento do “Canções despedaçadas...”, os meninos tocaram no festival “Paraíso do Rock”, junto com os catarinenses do Aerocirco e dos paranaenses do Terminal Guadalupe e do Nevilton. Na ocasião, o público aqui da região pode sentir a energia de um show dessa fábrica de fazer música boa.

Quem ainda não conhece, pode acessar www.inimitavel.com. Lá, além de todas as músicas (com destaque para “Síndrome de Estocolmo”, “Nós em Nós” e “Walking on the City”, música que me fez abrir o tal sorrisinho e serviu de inspiração para que eu escrevesse este texto) vocês ainda encontram faixas bônus, vídeos, agenda e entrevistas com a banda.