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Quero recomendar-lhes um filme.
Mesmo, algum ao ler este texto vai lembrar-se de ter sido conquistado pela obra a que irei referir quando de uma das reprises nas grades de programação da madrugada das emissoras abertas. A espécie de filme que se vê um ou outro sábado aborrecido que somos vítimas fim de semana sim e não; e que nos captura o carinho sem darmo-nos por conta; e de maneira definitiva.
O nome deste filme? The Big Lebowski (O grande Lebowski). Comédia americana publicada em 1998 por Joel e Ethan Coen. Protagonizada por Jeff Bridges, estrelaram nele também John Goodman, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman e Steve Buscemi - entre outros.
Antes da sinopse, permitam-me umas palavras sobre a reputação d'O grande Lebowski. É daqueles filmes chamados Cult pelos norteamericanos. Desta maneira como também de, por exemplo, Clube da luta, A noite dos mortos vivos ou Laranja mecânica, é, de fato, "cultuado" pelos fãs. Pesquisa rápida basta a que se encontre a festa anual para celebração da obra, Lebowski Fest, iniciada em 2002 nos Estados Unidos - mas não somente acolá realizada, há variações por várias partes do mundo, hoje: o nome da versão inglesa é interessante, "The Dude abides", uma fala durante a história -, com boliche, convidados fantasiados, encenações de passagens do roteiro dos Coen e a presença de parte do elenco. Até uma religião inpirada no filme existe!
Continuando pela Los Angeles de 1991 onde vivia o modesto Jeff Lebowski, que chama a si mesmo Cara, ele basicamente vive para jogar boliche com seus amigos, beber White russians e dirigir seu velho carro ao som dos Creedence. Em seu pequeno apartamento, tem muito orgulho de uma coisa: o tapete da sala. Quando dois capangas que querem cobrar a dívida de sua esposa (nunca se casara) o invadem e urinam no tal tapete, vai buscar indenização. Mas o "grande Lebowski" escorraça-o, julgando-o um hippie vagabundo e um aproveitador, então a única solução era roubar-lhe um dos vários tapetes da casa só para, em seguida, ter seu canto novamente violado, ser desmaiado por um soco e, ao acordar, ter seu tapete levado outra vez.
Depois de confundido por seu homônimo, Jeff compromete-se a entregar o resgate da jovem, pródiga, ninfomaníaca esposa-troféu do outro Lebowski, um milionário. Ele é contratado porque viu os capangas e pode identificá-los, caso sejam as mesmas pessoas, e aceita por não acreditar no rapto: sua opinião é que tudo foi forjado pela própria moça para arrancar ao marido mais dinheiro.
Mesmo, algum ao ler este texto vai lembrar-se de ter sido conquistado pela obra a que irei referir quando de uma das reprises nas grades de programação da madrugada das emissoras abertas. A espécie de filme que se vê um ou outro sábado aborrecido que somos vítimas fim de semana sim e não; e que nos captura o carinho sem darmo-nos por conta; e de maneira definitiva.
O nome deste filme? The Big Lebowski (O grande Lebowski). Comédia americana publicada em 1998 por Joel e Ethan Coen. Protagonizada por Jeff Bridges, estrelaram nele também John Goodman, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman e Steve Buscemi - entre outros.
Antes da sinopse, permitam-me umas palavras sobre a reputação d'O grande Lebowski. É daqueles filmes chamados Cult pelos norteamericanos. Desta maneira como também de, por exemplo, Clube da luta, A noite dos mortos vivos ou Laranja mecânica, é, de fato, "cultuado" pelos fãs. Pesquisa rápida basta a que se encontre a festa anual para celebração da obra, Lebowski Fest, iniciada em 2002 nos Estados Unidos - mas não somente acolá realizada, há variações por várias partes do mundo, hoje: o nome da versão inglesa é interessante, "The Dude abides", uma fala durante a história -, com boliche, convidados fantasiados, encenações de passagens do roteiro dos Coen e a presença de parte do elenco. Até uma religião inpirada no filme existe!
Continuando pela Los Angeles de 1991 onde vivia o modesto Jeff Lebowski, que chama a si mesmo Cara, ele basicamente vive para jogar boliche com seus amigos, beber White russians e dirigir seu velho carro ao som dos Creedence. Em seu pequeno apartamento, tem muito orgulho de uma coisa: o tapete da sala. Quando dois capangas que querem cobrar a dívida de sua esposa (nunca se casara) o invadem e urinam no tal tapete, vai buscar indenização. Mas o "grande Lebowski" escorraça-o, julgando-o um hippie vagabundo e um aproveitador, então a única solução era roubar-lhe um dos vários tapetes da casa só para, em seguida, ter seu canto novamente violado, ser desmaiado por um soco e, ao acordar, ter seu tapete levado outra vez.
Depois de confundido por seu homônimo, Jeff compromete-se a entregar o resgate da jovem, pródiga, ninfomaníaca esposa-troféu do outro Lebowski, um milionário. Ele é contratado porque viu os capangas e pode identificá-los, caso sejam as mesmas pessoas, e aceita por não acreditar no rapto: sua opinião é que tudo foi forjado pela própria moça para arrancar ao marido mais dinheiro.
The Dude abides.
No dia marcado, a entrega não corre bem. A partir daí o Cara vê-se em situações complicadas e imprevistas, envolvendo o instinto maternal de uma artista plástica feminista que pinta suas telas nua, um grupo de músicos niilistas (também acho paradoxal), um produtor de filmes adultos de sobrenome que sugere o ramo, Treehorn, policiais e detetives, um pederasta já obrigado pela justiça a avisar toda vizinhança de suas práticas, boliche, Vietnã e por aí fora.
Estava o "Grande Lebowski" correto ao afirmar que Jeff era um hippie desempregado e despeitado; pelo fracasso de sua revolução há muito sem sentido de ser, há muito sem quem a defenda? É provável. No entanto muitos homens louvados na história não foram amigos de conselheiros nem daquilo que ouviam deles; da mesma forma. Ele queria indenização pelo tapete estragado pelos capangas, já que era o que compunha a sala. Pouco e simples: quer só continuar a ser o Cara. Mas quantos andam sem nem saber o que se lhes compõe? Demais, por falar do tapete, conseguirá recuperá-lo? Participará das produções de Treehorn junto do pederasta, ou permanecerá nos campeonatos amadores de boliche?
Sobrerrecomendado, se me perdoam o neologismo. VALE!
Estava o "Grande Lebowski" correto ao afirmar que Jeff era um hippie desempregado e despeitado; pelo fracasso de sua revolução há muito sem sentido de ser, há muito sem quem a defenda? É provável. No entanto muitos homens louvados na história não foram amigos de conselheiros nem daquilo que ouviam deles; da mesma forma. Ele queria indenização pelo tapete estragado pelos capangas, já que era o que compunha a sala. Pouco e simples: quer só continuar a ser o Cara. Mas quantos andam sem nem saber o que se lhes compõe? Demais, por falar do tapete, conseguirá recuperá-lo? Participará das produções de Treehorn junto do pederasta, ou permanecerá nos campeonatos amadores de boliche?
Sobrerrecomendado, se me perdoam o neologismo. VALE!
2 comentários:
Sim!
E o que dizer dos fantásticos figurinos do personagem principal? E a cena em que ele, no carro em movimento, desastradamente deixa cair em si um pequeno objeto ilegal aceso e, após conseguir “controlar” o veículo, tem uma epifania ao descobrir certo manuscrito?
Nos extras do DVD há uma pequena entrevista com os irmãos cineastas chapados, que descobriram a fórmula mágica de como trabalhar e se divertir, ao mesmo tempo...
Caramba, Val!!!
Sinto que você é fã dessa película também...eehehhhe
Abrazzz!
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