sábado, 30 de maio de 2009

Culturanja #004 : Homenagem ao Zé Rodrix

E foi pro ar o Podcast Culturanja, mais decrescente do que nunca. É o quinto, que chama quatro, porque a gente considera o zero. Êta!


Além de dois blocos dedicados ao grande músico, sábio e gente finíssima Zé Rodrix (com músicas do trio Sá, Rodrix e Guarabyra), completamos o set com Morrissey, Traveling Willburys, Al Green, The Shirelles, Dissonantes, Revoltz e Dimitri Pellz.

Como diria o Amaury Jr.: Tá imperdível!

Divirtam-se!


Ps: O programa já toca automaticamente ao abrir o site.no nosso "trasmissor oficial". Caso não esteja tocando a edição que você quer ouvir, clique em "Posts" e selecione a edição correta. Também dá pra baixar o mp3 do programa ou assinar o podcast no site do Gcast e receber as atualizações gratuita e automaticamente.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

The Dudeism

***

Quero recomendar-lhes um filme.

Mesmo, algum ao ler este texto vai lembrar-se de ter sido conquistado pela obra a que irei referir quando de uma das reprises nas grades de programação da madrugada das emissoras abertas. A espécie de filme que se vê um ou outro sábado aborrecido que somos vítimas fim de semana sim e não; e que nos captura o carinho sem darmo-nos por conta; e de maneira definitiva.

O nome deste filme? The Big Lebowski (O grande Lebowski). Comédia americana publicada em 1998 por Joel e Ethan Coen. Protagonizada por Jeff Bridges, estrelaram nele também John Goodman, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman e Steve Buscemi - entre outros.

Antes da sinopse, permitam-me umas palavras sobre a reputação d'O grande Lebowski. É daqueles filmes chamados Cult pelos norteamericanos. Desta maneira como também de, por exemplo, Clube da luta, A noite dos mortos vivos ou Laranja mecânica, é, de fato, "cultuado" pelos fãs. Pesquisa rápida basta a que se encontre a festa anual para celebração da obra, Lebowski Fest, iniciada em 2002 nos Estados Unidos - mas não somente acolá realizada, há variações por várias partes do mundo, hoje: o nome da versão inglesa é interessante, "The Dude abides", uma fala durante a história -, com boliche, convidados fantasiados, encenações de passagens do roteiro dos Coen e a presença de parte do elenco. Até uma religião inpirada no filme existe!

Continuando pela Los Angeles de 1991 onde vivia o modesto Jeff Lebowski, que chama a si mesmo Cara, ele basicamente vive para jogar boliche com seus amigos, beber White russians e dirigir seu velho carro ao som dos Creedence. Em seu pequeno apartamento, tem muito orgulho de uma coisa: o tapete da sala. Quando dois capangas que querem cobrar a dívida de sua esposa (nunca se casara) o invadem e urinam no tal tapete, vai buscar indenização. Mas o "grande Lebowski" escorraça-o, julgando-o um hippie vagabundo e um aproveitador, então a única solução era roubar-lhe um dos vários tapetes da casa só para, em seguida, ter seu canto novamente violado, ser desmaiado por um soco e, ao acordar, ter seu tapete levado outra vez.

Depois de confundido por seu homônimo, Jeff compromete-se a entregar o resgate da jovem, pródiga, ninfomaníaca esposa-troféu do outro Lebowski, um milionário. Ele é contratado porque viu os capangas e pode identificá-los, caso sejam as mesmas pessoas, e aceita por não acreditar no rapto: sua opinião é que tudo foi forjado pela própria moça para arrancar ao marido mais dinheiro.

The Dude abides.

No dia marcado, a entrega não corre bem. A partir daí o Cara vê-se em situações complicadas e imprevistas, envolvendo o instinto maternal de uma artista plástica feminista que pinta suas telas nua, um grupo de músicos niilistas (também acho paradoxal), um produtor de filmes adultos de sobrenome que sugere o ramo, Treehorn, policiais e detetives, um pederasta já obrigado pela justiça a avisar toda vizinhança de suas práticas, boliche, Vietnã e por aí fora.

Estava o "Grande Lebowski" correto ao afirmar que Jeff era um hippie desempregado e despeitado; pelo fracasso de sua revolução há muito sem sentido de ser, há muito sem quem a defenda? É provável. No entanto muitos homens louvados na história não foram amigos de conselheiros nem daquilo que ouviam deles; da mesma forma. Ele queria indenização pelo tapete estragado pelos capangas, já que era o que compunha a sala. Pouco e simples: quer só continuar a ser o Cara. Mas quantos andam sem nem saber o que se lhes compõe? Demais, por falar do tapete, conseguirá recuperá-lo? Participará das produções de Treehorn junto do pederasta, ou permanecerá nos campeonatos amadores de boliche?

Sobrerrecomendado, se me perdoam o neologismo. VALE!


Podcast Culturanja #003

Uwéunn! E foi mais um pro ar!

Dessa vez já começamos com a formidável Come on Let's Go, versão do Los Lobos para esse clássico de Ritchie Vallens, chamando todo mundo pr'um set bem jóia.

Tem música nova do Wilco, música suave do Frank Black e um sambão chiclete da Elizabeth Viana. Tem também Spoon, Black Oak Arkansas, Arcade Fire, Daniel Belleza & Os Corações em Fúria, Garotas Suecas, Phonopop e Van Hallen.

O programa já toca automaticamente no nosso "trasmissor oficial". Caso não esteja, é só ir até o transmissor, clicar em "Posts" e selecionar o #003. Também dá pra baixar o mp3 do programa ou assinar o podcast no site do Gcast e receber as atualizações gratuita e automaticamente.

E vamo lá, até o próximo!



Versão Original de Come on Let's Go, do Valens!



Obrigado pelo "dothinho de pêthego e pelo TH, Arthur!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Culturanja #002 !

Às Orientais, com muito carinho.

Pois é minha gente, mais uma semana e mais um Podcast Culturanja muito do supimpa!

Abrimos esta edição com os susurros sensuais de David Bowie para as irresistíveis nipônicas mundo afora (palavras dele! :D), música que conta com a super guitarra de Stevie Ray Vaughan. Tivemos também Passion Pit; Violins (que anunciou sua volta aos palcos ainda este ano), Ramones, Violent Femmes, o swing setentista de Claudia e a maluquice technicolor de Frank Zappa.

Rolou também uma música do aguardado disco 'Zii e Zie', o novo do Caetano Veloso; uma do recém lançado álbum dos Móveis Coloniais de Acaju e uma dos Pullovers, quem também está com sons novos no pedaço.

Inclusive, os Móveis Coloniais disponibilizaram a íntegra desse seu album novo, o C_MPL_TE, no Trama Virtual, onde também estão as canções dos Pullovers.

Para ouvir o programa é só ir alí em cima, no player do podcast, clicar em "Posts" e selecionar o #002. Você também pode baixar o mp3 do programa ou assinar o podcast no site do Gcast e receber as atualizações gratuita e automaticamente.

Agora, alguns clipes bônus pra vocês!



Bonus Clip: Passion Pits, ao vivo no festival SXSW09



Dweezil Zappa, o filho de Frank Zappa, tocando a alucinante Call Any Vegetables.



The Searchers, com uma das versões de Needles and Pins


Cai Tano Velozo!



Um vídeo legal!


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Culturanja #001 no ar!

É isso ai, meus amiguinhos!
O Culturanja #001 foi ao ar e já estamos postando o #002... espero que gostem!



A edição #001 teve músicas da Poléxia, Cheap Trick, Peter Bjorn & John, The Ronnetes, Guns'n'Roses, Os Incríveis, wilco, Stealers Wheel, Momo e Cérebro Eletrônico.

Aqui vão alguns bonus da edição:






Para ouvir o programa no site do gcast, clique aqui.
Para baixar o arquivo mp3 desta edição, clique aqui.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A Força da Poléxia (ou O Hábito da Boa Música!)

Francis, Neto, Dudu e Rodrigo Lemos.

A Poléxia é uma banda de Curitiba que já existe há um bom tempo. Se você conhecer um pouco da obra dessa turma verá que, com essa saúde na música, faz sentido o tempo de vida e carinho do público. Entraram e saíram vários membros, mas a Poléxia continua firme, produzindo e fazendo bonito. Já publicaram alguns EPs, o primeiro disco, "O Avesso", singles muito bem aceitos como "Eu te amo porra!", "Onde você quer chegar" e "Triste Fim de Baltazar da Rocha" (este, com participação de Igor Filus, do Charme Chulo) e agora estão lançando seu disco novo "A Força do Hábito".

O disco traz de cara a Capa Dura, como primeira música, de refrão tão forte quanto o nome. Rodrigo Lemos abre o disco fazendo das letras coração, entre belas melodias de guitarra e o desabafo: "sinceridade por sinceridade, o mundo acaba mentindo". A segunda música é "Você já teve mais cabelo", com produção de John Ulhoa, do Pato Fu. Vozes oitavadas, vários barulhinhos e muito bom humor fazem o hit certeiro! O que vem pela frente continua dançante, forte e deliciosamente melódico. Vanessa Krongold, do Ludov, participa em "Cá entre nós". Hedonismo de um Domador também vem muito bacana, com passagens interessantes, faz lembrar a Poléxia um pouco mais crua, como no primeiro disco, com direito a escaleta bem humorada de Dudu Cirino, e aquela passagem que faz muito lembrar "Joystick", a música de abertura d'O Avesso. "O Inimigo" vem mais cansada, lentinha, mas de força equivalente as outras do disco: bateria profunda, voz saturada e direito a coro de "Nós temos um Deus em resenhas e jornais!"! O coro teve convidados de bandas como Sabonetes, Terminal Guadalupe e Nevilton. "A Solidão dos Plânctons", "O Terraço" e "Balada da Contramão" engrossam o caldo da boa música. "Esperando o Céu Ruir" na voz de Carlos Daitschmann dá um clima "recitar de Arnaldo Antunes" e serve de introdução para Gloss, uma das favoritas da turma! Enfim, são 45 minutos muito bem investidos para qualquer playlist! E é garantido que esses 45 se repetirão vezes e vezes...

A Força do Hábito está disponível para download gratuitamente no site da Poléxia (http://www.polexia.com.br/), ou você ainda pode comprar o album em alta definição e dar uma força pra banda no TrevoDigital (http://www.trevodigital.com.br/polexia).


O clipe de "Você já teve mais cabelo":


Um video exclusivo do Culturanja! ;)
"Triste fim de Baltazar da Rocha", ao vivo no Gig Rock VI, em Porto Alegre: